domingo, 15 de agosto de 2010

Mobilização Bíblica, Dez Passos.

Mobilização Bíblica, Dez Passos.

O Sínodo sobre a Palavra de Deus realizado em Roma é uma ótima chance para deslancharmos uma mobilização bíblica. Por sermos discípulos missionários, precisamos mais de Bíblia que de projetos pastorais. Nosso povo deve ter acesso à Bíblia, formação bíblica, vivência bíblica para que suscitemos um “catolicismo bíblico”. Eis os passos dessa mobilização:

1. Ter a Bíblia. Para a maioria do povo, a Bíblia é cara. A paróquia e a diocese podem fazer campanhas para o povo ter acesso à Palavra de Deus. Há casas onde não há Bíblia, noutras ela é um enfeite, aliás, bastante caro. Ter a Bíblia nas mãos é uma boa propaganda da Palavra. Para o povo simples e pobre a Bíblia é muito cara. Vamos popularizar a Bíblia com preço acessível ao povo.

2. Saber abrir a Bíblia. O mundo da Bíblia é complexo. Como aprendemos a abrir a TV, o celular, o computador, cada paróquia, pastoral e movimento deve ensinar as pessoas a abrir o Livro Sagrado. Não ignoremos as Escrituras. Basta de analfabetos bíblicos.

3. Saber interpretar. A Bíblia não é um livro fácil. É perigoso cada um fazer sua interpretação pessoal. Não podemos nos fixar ao pé da letra. Isso se chama fundamentalismo. Daí a necessidade de escolas bíblicas. Ouvir e compreender, ler e compreender, eis o que produz fruto.

4. Rezar com a Bíblia. É a Leitura Orante da Bíblia. Ler, meditar, rezar, contemplar. Esta é a porta de entrada para um entusiasmo bíblico e a conseqüente transformação da vida e da realidade. A meditação da Palavra deve ser diária e não menos de meia hora.

5. Estudar as Escrituras. São as escolas bíblicas, cursos, leituras para que a Palavra seja entendida e nunca falsificada. É perigoso ler a Bíblia sem saber interpretar, ler fora do contexto e desligados da Igreja.

6. Formar grupos bíblicos. Conhecemos os grupos bíblicos de reflexão, os círculos bíblicos e outros grupos que se alimentam da Palavra. Nestes grupos acontece o ensino bíblico e a vivência da mensagem. Vamos proliferar grupos bíblicos para que o povo sacie a fome da Palavra.

7. Bons microfones, bons leitores, e bons anunciadores. A Palavra deve ser bem ouvida para produzir o efeito esperado. Precisamos ter todo cuidado com o som, a proclamação e o anúncio da Palavra. Ela não pode cair por terra. A Palavra deve atrair, comover, converter. Haja o ministério que prepara os leitores porque onde se lê a Palavra, ali Deus está falando.

8. Dar primado à Palavra. A Bíblia deve vir antes do catecismo e de outros livros. Nossa catequese deve ser dada com a Bíblia. A Palavra é alma da missão, da liturgia, da teologia. Nada antepor à Palavra de Deus que é Jesus. O primado da Palavra irá realizar a primavera da Igreja porque dará gosto à celebração dos sacramentos e vigor à ação evangelizadora.

9. Ter ministros da celebração da Palavra bem preparados. A celebração da Palavra deve enfocar a Palavra, a homilia, a partilha bíblica. Não transformá-la numa “quase missa”. Os ministros da Palavra, os sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e leigas devem estar nas rádios, jornais, esquinas de rua, casas e templos, divulgando as Sagradas Escrituras. Chegou a hora do “mutirão bíblico”, de uma mobilização bíblica.

10. Transformar o catolicismo devocional e sacramentalizador em “catolicismo bíblico”. A V Conferência propõe uma “pastoral bíblica” Precisamos ir além desta proposta e vislumbrar um horizonte ainda maior que o catolicismo bíblico, porque a Palavra é criadora, eficaz, regeneradora. É hora de formar nos católico um “coração bíblico”, um apego e familiaridade com a Bíblia para que a Igreja renove suas forças missionárias. A Palavra de Deus, mais precisamente a Bíblia, deve estar na mão de cada criança, de cada jovem, de cada casal, cada cristão. Não podemos ser analfabetos bíblicos, nem tornar rotineira a Palavra viva, fecunda e eficaz. Só podemos ser discípulos com a Bíblia na mão, no coração e pés na missão. A Igreja será atraente e convincente a partir de uma renovação bíblica, eis que chegou a hora da mobilização bíblica nacional.

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